O
Brasil chegou a um ponto de bifurcação na política com a descoberta do gigantesco
esquema de corrupção na Petrobrás e nas empresas e órgãos públicos do país.
Os
políticos caíram em desgraça. Todos eles. Tal qual o anjo vingador dos judeus
no Egito, que matou todos os primogênitos das casas que não tinham a marca
judia, a percepção sobre os políticos brasileiros (presidente da República,
senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores) se tornou um
estigma, uma maldição: nenhum deles presta! Eles se tornaram os novos
primogênitos a serem destruídos.
A
grande ironia é que nenhuma democracia existe sem políticos. Bons ou maus, eles
são a sustentação da governabilidade de um país. Sem eles, vem a ditadura.
No
Brasil atual, onde toda a classe política é odiada depois de tanta roubalheira,
de enriquecimento de partidos e de políticos, as pessoas honestas e bem
intencionadas que se dispuserem a entrar na política para moralizar a classe
correrão o risco de serem vistas como mais aproveitadoras da situação.
Este
é o Paradoxo dos Honestos. A credibilidade dos homens públicos brasileiros foi
arrasada devido aos escândalos de corrupção, má administração, incompetência
gerencial, desinteresse pelos cidadãos, mordomias usufruídas pelos políticos e
repetição de mentiras deslavadas todas as vezes que sobem em palanque.
Sarney,
Lula, Temer, Aécio, Renan, ou qualquer outro mais que se cite, perderam a
capacidade de gerarem confiança nas pessoas. Todos os grandes líderes nacionais
ficaram expostos às denúncias de corrupção. A renovação política exige novas
lideranças, mas a velha e carcomida política não vai entregar facilmente o
poder nas esferas municipal, estadual e nacional porque política no Brasil é
forma de se enriquecer sem competência para ganhar dinheiro licitamente.
A
honestidade é o novo “anjo vingador” a matar politicamente pelo país. Se os
ladrões que foram expostos forem reeleitos depois de tudo que se sabe que
roubaram, a responsabilidade é nossa. Ninguém se elege sozinho, tem que
convencer os eleitores a lhe darem seus votos. Se nós reelegermos ladrões não
podemos reclamar deles depois.
O
futuro do Brasil está sendo montado hoje, sobre os destinos que os políticos
traçarem para a saúde, a educação, a segurança pública e a administração do
dinheiro do país.
Quem
vota em ladrão se torna cúmplice autorizador do roubo do dinheiro público e do
sofrimento dos miseráveis do país. Joias de hum milhão e 600 mil reais,
garrafas de vinhos de 24.000 reais e aulas de tênis de 39.000 dólares foram
pagas com dinheiro roubado do povo.
Os
ídolos políticos atuais não passam de um bando de cretinos, cínicos e
mentirosos que ainda geram comoção; por sorte, também geram ódio contra si. Os
partidos não importam, pois os sem-vergonhas estão em todas as siglas partidárias,
olhe só os políticos que já foram presos e processados pela Justiça.
Na
próxima eleição, renove, dê um voto de credibilidade a novos políticos porque
os que estão aí já mostraram quanto são capazes de mentir e roubar.
Para
ajudar o Brasil é necessário que os honestos assumam as rédeas da Nação, mas
como tem sido difícil encontrá-los e votar neles; como o filósofo Diógenes
procurou deste a Grécia antiga.
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