Aos doze anos, ainda na minha cidade natal, Natal-RN, quando Hollywood era o sucesso, influenciado pela mídia e por alguns colegas sem nada na cabeça iguais a mim, comecei a dar as minhas primeiras tragadas.
Naquela época, costumava passar férias em Olinda-Pe, onde estavam meus três primos, todos fumantes, o que para mim se tornou um paraíso. Até minha avó Alice Fernandes fumava, e nós ficávamos disputando quem ia acender o cigarro da velhinha nas horas das tragadas.
Aos 14 anos, já em Fortaleza, quando tive o prazer de conhecer minha mulher, a Sandra, aí, sim, eu já era um inveterado fumante na adolescência. Ela, graças a Deus, nunca teve este maléfico vício, ou melhor, nenhum, mas para me agradar, me presenteava com carteiras de cigarro, e pouco se importava em beijar uma boca fedorenta a cigarro, pois a coitada já estava apaixonada e pouco se importava com isso, ela queria era amor.
Realmente, a coisa iludia muitos jovens, até uma conhecida marca, chamada MINISTER, na nossa ótica cega, significava: Minha, Eterna, Namorada, Isto, Será, Tua, Eterna, Recordação. Certamente, já era uma previsão para todo tipo de câncer comprovado e causado pelo cigarro.
Após queimar dinheiro, causar danos à saúde e divulgar involuntariamente esta desgraça, foi passando mais uma das minhas inesquecíveis férias em Olinda, em 31 de dezembro de 1976, quando fiz um sério e determinado propósito, de NÃO FUMAR MAIS NA VIDA.
Lamento que os meus primos tenham tentado me acompanhar neste desafio, mas não levaram a coisa tão a sério, como levei até hoje.
Após ser pai, vendo os meus filhos chegarem na adolescência, tive o desprazer de saber que os três primeiros, são quatro, chegaram a fumar, o que me deixou muito triste. Até mesmo porque hoje ninguém fuma mais, sem saber a dolorosa verdade sobre todos os diversos males causados pelo fumo.
Fico muito triste quando vejo pessoas que amo, persistindo neste vício fatal. Principalmente, agora, quando aos 08 dias de novembro de 2012, perdi minha única irmã, Maria Juraci Lima Maia, vitimada pelo câncer provocado pelo cigarro.
Agora, uma coisa me deixa feliz, os meus filhos, vendo estarem fazendo a coisa mais sem futuro do mundo, por conta própria, decidiram PARAR DE FUMAR, de forma voluntária, sem tratamento algum, só força de vontade e determinação, e nunca mais voltaram a cometer esta agressão contra a vida.
Sempre falamos mal do governo, mas uma coisa interessante feita nos últimos anos foi obrigar as assassinas fábricas de tabaco a colocar avisos e fotos de advertência nos maços de cigarros.
Portanto, amigo, se você é fumante e pretende viver sem este vício, pode ter certeza, você conseguirá, a vida tem milhares de coisas melhores para nos oferecer, pode acreditar, substitua por caminhadas, esportes e outras maravilhas que o mundo está colocando à nossa disposição o dia todo.
Hoje, posso dizer: TENHO UM SONHO DE QUE O TABAGISMO SEJA PROIBIDO EM TODOS OS LUGARES PÚBLICOS NO BRASIL, a exemplo de países mais desenvolvidos. Pois, mesmo nos espaços abertos, incomoda muito e faz mal a todos, fora os incêndios que já vitimaram milhares de pessoas pelo mundo.
Amigos, deixe o cigarro hoje, você também pode, conte comigo.
Um forte abraço, Luiz Antonio Lima - Advogado em Fortaleza, 15 de janeiro de 2012.
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